Marcelo Ramasine e o GEID Alimenta


Valor
Atemporal – Defina o GEID
Marcelo
Ramasine –Somos uma entidade civil, social, caritativa,
filantrópica, de natureza universalista, sem fins lucrativos, sem distinção de
raças, religião, credo, sexo ou tendência partidária, que se empenha para dar
assistência material e psicossocial a milhares de famílias necessitadas e aos
cidadãos insulanos em geral, isso desde 1988. Estamos há 27 anos no mercado
investindo, incansavelmente, em ações do foro social. Ao longo desses anos, nos
consolidamos como um agente atento às necessidades da população, criando programas
que contemplem a assistência social, a saúde, a cultura e a educação num
esforço contínuo e compartilhado com nossos fieis voluntários, que acreditam
que somar é multiplicar.
Quando
foi o start do Projeto Geid Alimenta? Tudo começou
há 8 meses. Percebi em minhas compras mensais em mercados, que muitas pessoas
manipulam a fruta, o legume, ensaiando técnicas de reconhecimento sobre estar
bom ou não, podre ou não, apto ou não para o consumo. Vi que muito se
desperdiçava, frutas no chão, sobrando nas prateleiras. Pensei quantas famílias
e pessoas em extrema pobreza e fome, poderiam ser auxiliadas, como disse Paulo
Freire…”Não dá pra raciocinar de barriga vazia…” Sai em busca de pessoas
motivadas e não conformadas, como eu. Então, depois disso, nasceu o projeto.
Em
pouco tempo de vida, vocês já foram premiados. Como foi isso? Com
apenas 8 meses de funcionamento concorremos com mais de 80 empresas do mundo
todo e ganhamos o 2º lugar no Prêmio Global de Engajamento
Comunitário da Praxair, uma das maiores empresas de gases
industriais do mundo, que opera em 40 países e é representada no Brasil pela
White Martins.
Somos
um país que muito desperdiça alimentos. Como é feito o reaproveitamento? Desenvolvemos
junto à comunidade carioca e uma centena de voluntários, a consciência integral
de reaproveitamento de alimentos que são destinados ao lixo, classificados como
rejeito, aquele mesmo que nós recusamos por pequeno amassado ou cicatriz. Recebemos
os alimento de doações de empresas do setor de varejo e hortigranjeiros. O
projeto possui várias fases distintas, entre elas coleta, triagem,
higienização, pré-seleção e produção de vários produtos, como doces,
bolos, geleias, pães, sopas, compotas, etc. Tudo com distribuição gratuita para
voluntários e comunidade, além das instituições cadastradas, absolutamente sem
recursos.

E o
que vocês fazem com a sobra dos alimentos recebidos? Para
além do preparo dos alimentos, já iniciamos o projeto das hortas participativas
comunitárias, que tem com base a agricultura orgânica, onde tudo que sobra do
processo acima, é destinado a formar compostagem (técnica de reciclagem de lixo
orgânico). Isso nos permite ter zero de perda.
Fonte - http://i1.wp.com/www.valoratemporal.com.br/site/wp-content/uploads/2016/04/Marcelo-Ramasine-e-equipe-Geid.jpg
Comentários - Como é bom saber que os alimentos que ficam muitas vezes de lado e são jogados fora, podem ser aproveitados por esse grupo religioso da Ilha do Governador. Poucos e ruins para uns são muitos e maravilhosos para muitos.
Os alimentos precisam de bastante tempo para cultivar, tratar, colher, vender, transportar e serem colocados para os consumidores. E basta ter uma cara feia para serem jogadas fora em segundos.
Parabéns pela iniciativa.