Casa inteligente pode ser controlada com apenas uma central
A casa inteligente é cheia de
promessas: cafeteiras que ligam quando você acorda, portas de garagem que se
abrem quando você chega em casa, música relaxante controlada remotamente e
também aparelhos de ar condicionado e termostatos que regulam perfeitamente a
casa e economizam seu dinheiro.
Contudo, promessas raramente são
realidade. A automação da casa inteligente é um ramo caótico e complicado da
tecnologia no momento.
As companhias estão correndo para
entrar na disputa, inspiradas, em parte, pelo sucesso da Nest Learning
Thermostat e da aquisição de US$ 3,2 bilhões (R$ 7,1 bilhões) da Nest pelo
Google.
Para os consumidores, montar uma casa
inteligente ainda é, acima de tudo, um projeto de DIY ('do it yourself' ou
'faça você mesmo', em português). Você escolhe os componentes, conecta-os a sua
casa ou rede doméstica e começa a viver sua vida conectada.
Companhias como a Comcast, Verizon e
At&T oferecem sistemas de monitoramento, mas não oferecem muita
flexibilidade. E instalar uma automação completa e um sistema de segurança em
casa pode custar dezenas de milhares de dólares.
O problema é que, para qualquer um
que queira fazer isso como um projeto DIY, quanto mais aparelhos você leva para
casa, mais aplicativos separados você precisa para controlá-los. De repente, a
conveniência fica onerosa.
Por enquanto, contudo, os hubs
[aparelhos que controlam a rede] são a melhor forma de controlar uma casa cheia
de dispositivos conectados.
Em tese, os benefícios são dois.
Primeiro, você tem apenas um aplicativo em seu telefone ou tablet que controla
múltiplos dispositivos. Em segundo lugar, um hub não só conversa com hardware
como lâmpadas, alto-falantes e fechaduras inteligentes, mas também pode fazer
com que esses dispositivos conversem entre si.
Eu testei essa teoria com dois dos
hubs mais populares --o da Revolv e o da SmartThings-- e descobri que eles são
fáceis de instalar. Eles também cumprem a promessa de conectar um pequeno conjunto
de dispositivos inteligentes, desde que você mantenha as coisas simples.
O dispositivo da Revolv infelizmente
tem a aparência de uma torre de CDs vermelho-brilhante, mas você pode
escondê-lo em qualquer lugar de sua casa. Ele tem Wi-Fi, então basta plugá-lo
em uma tomada e baixar o aplicativo gratuito da Revolv para seu telefone ou
tablet com iOS. (A versão para Android está sendo testada; você pode testá-la,
mas a companhia me alertou que ela podia não funcionar bem.) O aplicativo traz
um passo a passo para conectar o hub à rede Wi-Fi e ao próprio aplicativo.
Emparelhar o telefone com o hub
Revolv é até divertido: você segura o telefone sobre o hub e a câmera do
primeiro acende várias vezes até que o sensor do hub o reconheça. Fácil, de
fato.
Coloquei o Revolv para funcionar e o
conectei ao sistema de alto-falantes Sonos e a três lâmpadas PhilipsHue. Mas, o
aplicativo é limitado em termos de controle de música: eu podia dar play,
pause, pular ou repetir faixas, mas não podia mudar a fonte da música ou navegar
por playlists ou músicas. A Revolv diz que o aplicativo cria canais baseados
nas músicas ouvidas recentemente, mas não é a mesma coisa que navegar por
playlists existentes.
Os controles de luz são mais diretos;
pude acender e apagar três lâmpadas ao mesmo tempo, acendê-las individualmente
ou mudar a cor delas, tudo a partir de meu telefone.
O hub da SmartThings é branco e tem o
tamanho de um CD player portátil, mas é menos flexível quanto à localização.
Ele precisa ser colocado fisicamente em seu roteador wireless, onde quer que
você o tenha instalado, e então ele envia seu próprio sinal wireless para
vários dispositivos conectados. Isso é ruim porque sistemas como Sonos e Hue
também têm pequenos hubs que são plugados no roteador. As coisas ficaram bem
bagunçadas perto do meu roteador.
O hub SmartThings, como o Revolv, é
montado usando um aplicativo gratuito que você baixa para o seu telefone (iOS
ou Android).
E, como o Revolv, o SmartThings
permite que você realize ações específicas. Você pode programar conjuntos de
ações, como "Boa Noite" para apagar todas as luzes, trancar a porta e
desligar o som, ou "Bom Dia" para ligar a TV, a cafeteira e a luz da
cozinha.
Você também pode criar regras
customizadas no SmartThings, uma coisa da qual eu gostei. E, assim como no
Revolv, você pode estabelecer regras baseadas na localização que são ativadas
pela localização do seu telefone ou por sensores externos que a companhia
vende.
Falando nisso, o SmartThings supera o
Revolv ao oferecer kits prontos para iniciar sua casa automatizada. A maioria
dos kits é baseada em segurança e monitoramento, o motivo mais popular pelo
qual as pessoas adotam a automação em suas casas.
Eu testei o kit Know and Control Your
Home (Conheça e Controle sua Casa], de US$ 300 (R$ 660), que inclui o hub
principal e dois sensores que podem dizer quando uma porta ou armário está
aberto e também captar vibrações e temperatura; dois sensores que transmitem
sua localização para que você possa encontrar chaves, crianças ou cães; um
sensor de movimento e um dispositivo inteligente para ligar remotamente as
luzes ou aparelhos.
Nem todos os sensores do kit
revelaram uma casa lógica, mas gostei do sensor multiuso que mede a temperatura
no quarto do meu filho. Também gostei de ter uma "casa inteligente em um
pacote" pelos meus US$ 300, ao contrário da Revolv, que oferece apenas o
hub.
No geral, eu diria que meu voto vai
para o SmartThings acima do Revolv, principalmente pelo preço e o pacote de
dispositivos. Eu gosto da flexibilidade de ambos, contudo, e do preço inicial
relativamente baixo. Os dispositivos para a casa inteligente estão mudando
rápido, então, o mais barato às vezes é melhor no que diz respeito aos hubs
universais.
Tradutor: Eloise De
Vylder
Fonte
http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/outros/2014/06/16/casa-inteligente-pode-ser-controlada-com-apenas-uma-central-veja-o-teste.htm
Comentários: Seria incrível controlar
a sua casa na palma da sua mão. Realmente é uma coisa muito impressionante. Mas
reparei dois pontos negativos: Se faltar luz ou aparecer algum defeito na
central do computador. Como que fica! Ficaríamos presos no nosso próprio domicílio?
O preço atual é muito alto. Só mesmo para quem condições financeiras boas.
Eu acho que essa tecnologia só
será popular no próximo século, pois hoje em dia existem muitas pessoas que não
tem nem casa para morar, muito menos uma casa inteligente.